Não sou do tipo que gosta de planejar viagens com muita antecedência, não me sinto confortável com qualquer tipo de planejamento a longo prazo. Nossa vida é imprevisível, como saber se tudo estará exatamente igual daqui a um ano? Mas de algumas situações não dá para fugir. Em viagens é preciso comprar passagens, reservar hospedagens...
A ideia de viajar para a Europa já não era nova, mas resolvemos que seria no meu aniversário de 50 anos. E até que deixamos para decidir todos os passos quase em cima da hora porque demoramos para escolher os hotéis. O Vlad já havia comprado, porém, todas as passagens, de acordo com o roteiro que havíamos traçado. O único ponto pendente era a hospedagem em Santorini, onde passaríamos meu aniversário. No dia seguinte iríamos para a Itália e a intenção era também participar da procissão de Corpus Christi e de uma missa fechada com o Papa. Já havíamos mandado um fax para o Vaticano solicitando acesso à missa, mas mesmo que não respondessem (parecia pouco provável), tentaríamos ao chegar em Roma.
Terminamos o domingo, 3 de abril, com 90% dos planos finalizados.
Na segunda pela manhã aconteceu
o impensável: o Vlad foi atropelado.
Passado o susto inicial e descartados problemas mais sérios, na noite daquele dia ele já estava em casa, mas com indicação de repouso absoluto. Por pelo menos 15 dias ele não poderia andar, por conta de uma abertura na bacia. No retorno ao médico, no entanto, foi diagnosticada também uma lesão no joelho e descartada a possibilidade de viagem por pelo menos dois meses.
Passado o susto inicial e descartados problemas mais sérios, na noite daquele dia ele já estava em casa, mas com indicação de repouso absoluto. Por pelo menos 15 dias ele não poderia andar, por conta de uma abertura na bacia. No retorno ao médico, no entanto, foi diagnosticada também uma lesão no joelho e descartada a possibilidade de viagem por pelo menos dois meses.
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Vlad, depois da bacia já recuperada e ainda com o joelho em tratamento |
Afastado também
do trabalho, ele cancelou as férias e começamos a pensar, com um aperto no
coração, no processo todo de desistência. Muita coisa já havia sido paga, como
passagens aéreas, ferry, trem, hospedagem... Eu, se
pudesse, reservaria tudo com possibilidade de cancelamento, mas ele dizia que
sairia mais caro e como tínhamos certeza das datas não havia motivo para isso.
Nesse meio tempo, sem esperar, recebemos o e-mail do Vaticano com as informações sobre como retirar os bilhetes para a missa com o Papa. Que tristeza ao ler a mensagem... nem tínhamos certeza se responderiam e a resposta estava lá, sem que pudéssemos aproveitá-la.
Nesse meio tempo, sem esperar, recebemos o e-mail do Vaticano com as informações sobre como retirar os bilhetes para a missa com o Papa. Que tristeza ao ler a mensagem... nem tínhamos certeza se responderiam e a resposta estava lá, sem que pudéssemos aproveitá-la.
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O e-mail do Vaticano, informando como retirar os bilhetes para a Audiência Geral do Papa Francisco |
Enfim. O que
interessa aqui é lembrar que imprevistos acontecem e eles devem ser cogitados.
O médico deu um atestado para facilitar os pedidos de reembolso, mas já
sabíamos que é difícil conseguir um valor justo, principalmente no caso das
passagens aéreas. O Procon orientou a cancelar na Decolar (o Vlad comprou quase
todas através da Decolar, com exceção da passagem de Santorini para Roma, que
foi adquirida diretamente pelo site da Vueling). Depois deveríamos entrar no
Tribunal de Pequenas Causas para exclusão ou diminuição de multas, caso não
concordássemos com o valor. Pesquisando a respeito, vimos que é comum a Justiça
melhorar a porcentagem dos valores restituídos.
O Vlad mandou também e-mail para a agência Danae de Atenas (que vendeu a passagem para o ferry de Atenas a Santorini), para a Talys (operadora do trem de Paris a Bruxelas) e para o hotel em Paris, que já estava com parte da hospedagem paga. Para nossa surpresa, a Danae respondeu no mesmo dia, lamentando o ocorrido, desejando uma rápida recuperação e informando que iriam reembolsar o valor total da passagem. Já a Talys e o hotel de Paris nunca responderam.
O Vlad mandou também e-mail para a agência Danae de Atenas (que vendeu a passagem para o ferry de Atenas a Santorini), para a Talys (operadora do trem de Paris a Bruxelas) e para o hotel em Paris, que já estava com parte da hospedagem paga. Para nossa surpresa, a Danae respondeu no mesmo dia, lamentando o ocorrido, desejando uma rápida recuperação e informando que iriam reembolsar o valor total da passagem. Já a Talys e o hotel de Paris nunca responderam.
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O e-mail da Danae Travel e a gentileza do tratamento da empresa, representada pela Caterina |
Na Decolar,
em relação às passagens, o procedimento inicial foi feito pela internet. Há um
campo específico no site para o relato da desistência. Enviamos o atestado
médico junto com as informações sobre o ocorrido. A Decolar abriu um processo
para solicitar junto às companhias aéreas a exclusão das multas pelo
cancelamento. Porém, nem a TAP e nem a Air France aceitaram o pedido, tivemos
que arcar com o valor das multas, o que, no caso da Air France, representou
quase a totalidade do valor da passagem. Os reembolsos foram feitos em pouco
menos de dois meses no cartão de crédito. O reembolso da Danae chegou em uma
semana.
No final, conseguimos recuperar algo em torno de 60% do que foi gasto. Os euros que já havíamos comprado ficaram guardados para as próximas férias. Não desistimos da nossa viagem, ela ainda vai acontecer. Porém, com algumas alterações no roteiro. O Vlad demonstrou que não mexeria em nada. Eu prefiro mudar o que não deu certo, começar por outro país, trocar alguns destinos...
Quanto ao acidente, ele continuou se recuperando. Os dois meses iniciais de tratamento passaram a três, assim como a licença no trabalho. Resta agora torcer para que ele fique 100% para mochilarmos sem problemas em nossas próximas férias, pela Europa ou por onde o destino nos levar.
No final, conseguimos recuperar algo em torno de 60% do que foi gasto. Os euros que já havíamos comprado ficaram guardados para as próximas férias. Não desistimos da nossa viagem, ela ainda vai acontecer. Porém, com algumas alterações no roteiro. O Vlad demonstrou que não mexeria em nada. Eu prefiro mudar o que não deu certo, começar por outro país, trocar alguns destinos...
Quanto ao acidente, ele continuou se recuperando. Os dois meses iniciais de tratamento passaram a três, assim como a licença no trabalho. Resta agora torcer para que ele fique 100% para mochilarmos sem problemas em nossas próximas férias, pela Europa ou por onde o destino nos levar.
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