Eu e a Mônica não falávamos espanhol em nossa viagem
à Argentina e ficamos, a princípio, dependentes da Verônica, que disse que não
sabia a língua, mas falava o tempo todo. Só fui me soltando mais para o fim da
viagem, mas percebi que na necessidade a gente se vira, entende e se faz
entender.
Em Ushuaia, no primeiro albergue em que ficamos, o
Leandro (funcionário) puxava papo o tempo todo. Curioso, questionava muito,
queria saber “tudo”. E sem ninguém por perto como intérprete, nos entendíamos,
na medida do possível.
Mais difícil foi no ônibus para El Calafate, com o
holandês sentado ao meu lado. O espanhol dele também não era bom, assim como o
meu, mas também foi possível “conversar”. Ele falou dos cinco meses de aventura
pela América Latina e sobre o roubo do seu passaporte e sua grana quando passou
pela Colômbia. Estava voltando para casa, para trabalhar. Mostrou fotos
incríveis de suas andanças.
Já em Mendoza, as meninas ficaram na internet
procurando hostel e eu fui para o locutório com uma lista de telefones na mão para
saber qual tinha vaga em quarto privativo para três. A cada telefonema aprendia
uma nova palavra e a utilizava no contato seguinte. E assim foi…
É claro que um país-irmão e uma língua próxima
ajudam. Comecei mochilando pela Argentina talvez por esse comodismo. Confesso
que com outras línguas ficaria insegura. Mas sei também que a aventura seria
maior. Coincidentemente, minha segunda viagem internacional foi para Portugal e
Espanha. Aí não vale, né? rs. E o Vlad que foi para a Grécia? Perdido no meio
de gente falando literalmente grego! Hahaha...
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