quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A língua é minha pátria e eu não tenho pátria, tenho mátria…


Eu e a Mônica não falávamos espanhol em nossa viagem à Argentina e ficamos, a princípio, dependentes da Verônica, que disse que não sabia a língua, mas falava o tempo todo. Só fui me soltando mais para o fim da viagem, mas percebi que na necessidade a gente se vira, entende e se faz entender.

Em Ushuaia, no primeiro albergue em que ficamos, o Leandro (funcionário) puxava papo o tempo todo. Curioso, questionava muito, queria saber “tudo”. E sem ninguém por perto como intérprete, nos entendíamos, na medida do possível.

Mais difícil foi no ônibus para El Calafate, com o holandês sentado ao meu lado. O espanhol dele também não era bom, assim como o meu, mas também foi possível “conversar”. Ele falou dos cinco meses de aventura pela América Latina e sobre o roubo do seu passaporte e sua grana quando passou pela Colômbia. Estava voltando para casa, para trabalhar. Mostrou fotos incríveis de suas andanças.

Já em Mendoza, as meninas ficaram na internet procurando hostel e eu fui para o locutório com uma lista de telefones na mão para saber qual tinha vaga em quarto privativo para três. A cada telefonema aprendia uma nova palavra e a utilizava no contato seguinte. E assim foi…

É claro que um país-irmão e uma língua próxima ajudam. Comecei mochilando pela Argentina talvez por esse comodismo. Confesso que com outras línguas ficaria insegura. Mas sei também que a aventura seria maior. Coincidentemente, minha segunda viagem internacional foi para Portugal e Espanha. Aí não vale, né? rs. E o Vlad que foi para a Grécia? Perdido no meio de gente falando literalmente grego! Hahaha...




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