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Nossas botinas, que nos levaram bem longe - Foto: Verônica Farias |
A Argentina foi minha primeira experiência
mochileira. Viajava muito sozinha, mas em “pacotes”, com roteiros
pré-determinados. O máximo que fazia era conhecer um pessoal durante a viagem e
sair do planejado, irmos sozinhos em busca dos pontos turísticos com o intuito
de baratear transporte e ingressos. Além disso, ficava hospedada em hotéis e
comia só em restaurantes. Nenhum trabalho.
Naquela vez, sabia que seria diferente... De cara,
saindo de casa, estranhei o peso da mochila (emprestada do Eber, mochileiro
“profissional”). Até tirei algumas coisas dela para sentir se ficaria mais
confortável, mas não adiantou, a própria mochila já era pesada. Lembro da minha
irmã perguntando: “Você vai aguentar andar com essa mochila nas costas?” Nem
respondi, não tinha a menor noção de qual seria a dificuldade.
E foi meio complicado mesmo, mas só até a casa da
Mônica e da Verônica. Eu passaria a noite lá e sairíamos cedinho para o
aeroporto. Dispensei uma carona e fui de São Caetano para a Zona Norte de trem!
Queria já ir me acostumando com a ideia. O azar é que choveu… Mas tudo bem. No
dia seguinte, no aeroporto, já parecia mais fácil. Era só uma questão de
adaptação.
Havia também a dúvida de quanto eu aguentaria nas
caminhadas. Fiquei sabendo depois, que as meninas tinham essa preocupação, já
que eu estava levando uma vida sedentária antes da viagem. A Verônica dizia que
eu estava muito magra e precisava engordar para viajar. Claro que não segui o
conselho. Também não fiz as caminhadas recomendadas. E foi tudo bem. Andamos
muito e em alguns dias íamos dormir exaustas, mas acordávamos recuperadas e
prontas para outra!
E por que andamos tanto? Porque além dos parques,
das trilhas, os pontos turísticos devem ser conhecidos a pé. E para “viver” a
cidade também. E aprendi qual a primeira coisa a fazer ao desembarcar em cada
cidade: procurar o Centro de Informações Turísticas. Com um mapa na mão,
fornecido por eles, tínhamos informações sobre tudo: hostels, restaurantes,
atrações turísticas, principais vias…
É claro que uma boa pesquisa na internet, antes da
viagem, ajuda muito (a Verônica tinha tudo, além do guia que ela comprou no
aeroporto). Então, é só juntar as informações e pronto! Outras sugestões são
conseguidas no hostel ou com outros mochileiros. Muito mais simples do que eu
imaginava.
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