quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Mochileira de primeira viagem

Nossas botinas, que nos levaram bem longe - Foto: Verônica Farias


A Argentina foi minha primeira experiência mochileira. Viajava muito sozinha, mas em “pacotes”, com roteiros pré-determinados. O máximo que fazia era conhecer um pessoal durante a viagem e sair do planejado, irmos sozinhos em busca dos pontos turísticos com o intuito de baratear transporte e ingressos. Além disso, ficava hospedada em hotéis e comia só em restaurantes. Nenhum trabalho.

Naquela vez, sabia que seria diferente... De cara, saindo de casa, estranhei o peso da mochila (emprestada do Eber, mochileiro “profissional”). Até tirei algumas coisas dela para sentir se ficaria mais confortável, mas não adiantou, a própria mochila já era pesada. Lembro da minha irmã perguntando: “Você vai aguentar andar com essa mochila nas costas?” Nem respondi, não tinha a menor noção de qual seria a dificuldade.
E foi meio complicado mesmo, mas só até a casa da Mônica e da Verônica. Eu passaria a noite lá e sairíamos cedinho para o aeroporto. Dispensei uma carona e fui de São Caetano para a Zona Norte de trem! Queria já ir me acostumando com a ideia. O azar é que choveu… Mas tudo bem. No dia seguinte, no aeroporto, já parecia mais fácil. Era só uma questão de adaptação. 



Havia também a dúvida de quanto eu aguentaria nas caminhadas. Fiquei sabendo depois, que as meninas tinham essa preocupação, já que eu estava levando uma vida sedentária antes da viagem. A Verônica dizia que eu estava muito magra e precisava engordar para viajar. Claro que não segui o conselho. Também não fiz as caminhadas recomendadas. E foi tudo bem. Andamos muito e em alguns dias íamos dormir exaustas, mas acordávamos recuperadas e prontas para outra!



E por que andamos tanto? Porque além dos parques, das trilhas, os pontos turísticos devem ser conhecidos a pé. E para “viver” a cidade também. E aprendi qual a primeira coisa a fazer ao desembarcar em cada cidade: procurar o Centro de Informações Turísticas. Com um mapa na mão, fornecido por eles, tínhamos informações sobre tudo: hostels, restaurantes, atrações turísticas, principais vias…

É claro que uma boa pesquisa na internet, antes da viagem, ajuda muito (a Verônica tinha tudo, além do guia que ela comprou no aeroporto). Então, é só juntar as informações e pronto! Outras sugestões são conseguidas no hostel ou com outros mochileiros. Muito mais simples do que eu imaginava.

Mas, sem minhas acompanhantes não seria tão simples assim…



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