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Os Alpes suíços no caminho entre Milão e Paris. |
Uma viagem para fora do Brasil... Mais especificamente para conhecer a Grécia… Mais especificamente ainda para subir à Acrópole e me sentar nas arquibancadas milenares do Teatro de Dionísio… Essa ideia rondou durante muito tempo meu pensamento, mas nunca havia sequer começado planos para que acontecesse. Durante muito tempo fui apenas um viajante de livros e revistas, como o garoto da música de Hélio Contreiras que “viajava o mundo inteiro nas Estampas Eucalol”.
Mas, em 2009 decidi finalmente me aventurar a sair um pouco do meu cantinho.
A ideia, na verdade, surgiu no final de 2008, quando conversava com a Teka, minha amiga/cunhada/irmã, sobre Buena Vista Social Club e a vontade que dava de conhecer Cuba. “Então vamos”, disse ela… e eu me perguntava se ela falava a sério ou não (até hoje não tenho certeza), mas a ideia evoluiu quando vimos que, gastando quase o mesmo, conseguiríamos fazer uma viagem para a Europa. Resgatei, então, a minha antiga vontade de conhecer a Acrópole e me animei. Planejamos roteiros, pesquisamos e decidimos ir por conta própria ao invés de comprar um pacote em alguma agência de turismo. Nunca tinha pensado antes em mochilar, mas a ideia parecia atraente e abria uma gama bem maior de possibilidades com trens, companhias aéreas low cost, ferries, hostels… e, no meio dessas pesquisas e sem roteiro definido, tiramos nossos passaportes e fomos atrás de vacina contra a febre amarela (que pensávamos ser obrigatória para entrar na Grécia, mas descobrimos depois que já há muito tempo não era mais necessária). Tudo isso ainda no final de 2008.
Só definimos o roteiro no começo de 2009. A Grécia era meu destino principal, Roma era o destino da Teka e queríamos também conhecer, se possível, Paris e Berlim. O plano inicial era fazer Paris - Frankfurt - Berlim - Zurique - Milão - Roma - Atenas. Um roteiro adorável, certamente, não fosse um pequeno porém: o tempo! Pensamos, primeiramente, em fazer os trajetos de trem e ferry, mas os 14 dias de que dispúnhamos era muito pouco para isso… seria muito tempo viajando e pouco tempo nas cidades. Descartamos o trem e sobrou a procura por um meio rápido e barato de nos deslocarmos. As opções eram as empresas de custo baixo que fazem viagens pela Europa por valores mais em conta... mas, mesmo assim, vi o gasto com os deslocamentos ficarem perigosamente altos. Pensei, então: por que não fazer todos os deslocamentos pela mesma companhia? Pesquisei e consegui, por um preço muito bom, as passagens pela Alitalia. Fazer todos os trechos pela mesma empresa deixou o valor ótimo, mas tivemos que tirar algumas cidades e ficamos com o roteiro amarrado em Paris - Roma - Atenas. Foi essa a opção que escolhemos. Reservamos aqui mesmo os hostels de Paris, Roma e Atenas. Mas fizemos um mimo a nós mesmos e compramos, em uma agência especializada em viagens para a Grécia, um pacote de 3 noites em Santorini com ida e volta de ferry a partir de Atenas. Foi a única parte da nossa viagem com um pouco de luxo.
Esses dias antes de decolar foram empolgantes. Não sei se por ter sido minha primeira vez, mas posso dizer que o próprio planejamento já me fez viver um pouco a viagem. Gosto dessa parte, de comprar a ideia e fazer ela começar a acontecer. E o planejamento já me rendeu frutos antes mesmo de a viagem começar. Procurando informações pela internet, eu me deparei com o site "Mochilão sem Fronteiras" e, através dele, a comunidade de Orkut "Eber, quero fazer um mochilão". Foi maravilhoso entrar em contato com eles... me fizeram abrir os olhos para novas perspectivas, me deram um ânimo totalmente novo e renovaram a minha vontade de por o pé na estrada. Sem falar nas ótimas novas amizades que fiz. Em janeiro daquele ano conheci pessoalmente essa turma em um encontro na Água Branca.
Aí acima está o registro desse encontro. Faltou o Eber, o dono da comunidade. Conheci algumas pessoas naquele dia mesmo, mas a moça de camisa listrada no outro lado da foto eu só vim a conhecer quase um ano e meio depois… e hoje é ela quem divide esse blog comigo… e me faz gostar cada vez mais dos meus passos.
Vlad!
ResponderExcluirMeu querido Amigo, cunhado, irmão.
Sim, eu falava sério, queria e continuo querendo ir a Cuba, sempre que ouço “Chan Chan”.
Mas. A partir desta primeira viagem em terras longe de Pindorama, descortinou-se tantas outras possibilidades.
Foi uma experiência e tanto esta viagem. Guardo em meus "quadros de memória" registros inesquecíveis e só meus, que levarei comigo pra sempre.
Esta foto dos Alpes Franceses da janela do Avião é um deles.
Agradeço infinitamente por ter topado essa aventura comigo.
Quem sabe um dia viajarei ou viajaremos para outros destinos tão sonhados. Talvez Berlim e a sempre bela Praga de Fraz Kafka, mas lembre-se! Eu ainda sonho em ver Paris no inverno e se possível, passar algumas horas no Trocadéro com uma garrafa de vinho e a torre Eiffel iluminada!
Bjos
Teka
Foi uma experiência e tanto mesmo... Eu e a Lu já colocamos Paris no nosso radar. E você vai voltar a vê-la sim... quem sabe, dividindo essa garrafa de vinho com o Val? Se você conseguiu a façanha de fazer ele pegar um vôo para Curitiba então nada é impossível... rs... Seja sempre bem-vinda aqui e volte mais vezes. ;)
ResponderExcluirBeijos!