No final de abril de 2008, com 41 anos (quase 42), fiz meu primeiro mochilão.
Também minha primeira viagem internacional. Velha para isso? Besteira… Até
então, viajava apenas pelo Brasil. Sozinha, mas com mala de rodinhas, nada de
mochila.
Meses antes, fui convidada pela Verônica para um
encontro de mochileiros. E de lá surgiu a ideia de irmos nós três - eu, a
Verônica e a Mônica – para a Argentina. Experiente em mochilões, a
Verônica foi a grande responsável pelo roteiro.
Começamos nossa aventura por Ushuaia, capital da Província da Terra do Fogo e a cidade mais austral do mundo.
Demoramos muuuuito para chegar a Ushuaia. Nossa parada em Buenos Aires foi ótima, um tempinho necessário na capital argentina para recarregar, antes da longa viagem ao fim do mundo….
No primeiro dia em Ushuaia fomos ao Canal de Beagle. É ele que separa as ilhas do extremo sul do continente da Terra do Fogo, no extremo da América do Sul. O canal marca também a fronteira entre o Chile e a Argentina. Pode-se navegar pela região, partindo do porto de Ushuaia, em visita a várias ilhas pelo caminho, onde se avistam lobos marinhos, pinguins, cormoranes e outras aves marinhas. Foi o que fizemos.
No segundo dia fomos ao Parque Nacional Tierra del Fuego. Caminhamos por 11 km (ou foram 9??), mais o trajeto dentro do parque (lindo por sinal). É lá que fica o Tren del Fin del Mundo, que leva os turistas para visitar o parque, mas ele não estava em operação. Fomos caminhando e voltamos de van.
No
terceiro dia, o melhor para mim em Ushuaia, conhecemos o Glaciar Martial.
Adorei! Não tem comparação com Perito Moreno, mas, felizmente não deixamos de
conhecer. Sim, porque se tivéssemos comprado passagem para El Calafate no dia
em que pretendíamos, talvez tivéssemos deixado de desfrutar esse prazer. Lindo!
No
final de nosso passeio pelo Glaciar, paramos numa linda e aconchegante casa de
chá (La Cabaña) e degustamos um delicioso chá da tarde oferecido pela Mônica.
Enfim,
um dia e uma tarde ótimos! Ainda bem que continuamos em Ushuaia por mais um
dia. Sábado pela manhã (5 da manhã) pegamos um ônibus para Rio Gallegos e em
seguida para El Calafate. Vinte horas de viagem no total.
Bom…
até então eu estava ótima. Apesar da idade avançada (rs), resisti bem às longas
caminhadas. O frio era cruel, mas suportável. Fiquei impressionada com o ótimo
preço dos vinhos e adoraria uma viagem totalmente gastronômica pela Argentina. Não gastei o español e tampouco o
portunhol. Naquele ano não tinha nenhum conhecimento sobre a língua, mas é
muito fácil se virar na Argentina. Era como se estivéssemos em casa, tudo bem
familiar, com algumas poucas diferenças.
Fazíamos nossas chamadas internacionais e acessávamos a Internet, por exemplo, nos locutórios. O teclado do computador, configurado para o espanhol, não tinha “til” além do que fica acima do “N”. E não adiantava escrever exemplo, porque o computador mudava automaticamente para “ejemplo”.
Esta foi uma
parte, ainda viriam o Glaciar Perito Moreno e o Monte Fitz Roy, que tornaram a
viagem única. Havia muita aventura pela frente.
Também estive por lá e amei! Vendo seu post pude relembrar bons momentos. :-)
ResponderExcluirQue saudade dá, não é? Eu adorei!
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